quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mensagem de S.Exa. o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas




MENSAGEM DO 10 DE JUNHO
DE SEXA
SECRETÁRIO DE ESTADO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS



Neste dia de celebração, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades
Portuguesas, num tempo de trabalhos mais difíceis, vividos à escala
mundial, na economia e no emprego, exprimo a solidariedade do Governo
de Portugal diante das dificuldades e a esperança em que nos diversos
governos do mundo se construam as pontes para os compromissos
duradoiros, principalmente nos domínios social e económico.

Portugal é um país que se estende muito para além do próprio espaço
geográfico, é um país cuja "alma" vai muito para além de si, é uma Nação
que cobre o mundo por via dos mais de cinco milhões de compatriotas
que lançam raízes, projectam o valor da língua, promovem a cultura, a
história, ou realizam o encontro como forma de relacionamento com as
sociedades onde se inserem.

Essa arrojada forma de ser convoca o Estado, permanentemente, para um
renovado olhar das políticas direccionadas à Diáspora, consubstanciadas
no desenvolvimento das condições efectivas para o exercício dos direitos
de cidadania. Aí, tal como aqui.

Está fora do tempo e do lugar qualquer relação assente na retórica
sentimentalista, ainda que mesclada pelo brilho atraente de bondosas
acções. Falo, antes, deste tempo e deste lugar. Refiro a concretização de
programas, a renovação e implementação de novos serviços e novas
modalidades de acesso, cuja finalidade consiste na sua qualificação e
utilidade, tendo em vista garantir os direitos de cidadania.
Importa, antes de mais, promover a igualdade de tratamento e de
oportunidades, dimensionar as políticas sociais, educativas, culturais ou
económicas que se praticam no país, de modo a levar em conta os
concidadãos residentes no estrangeiro.

Hoje Portugal está em condições de dar esse passo, feitas que foram as
adaptações técnicas nas representações diplomáticas e consulares, das
mais avançadas do mundo ao nível tecnológico, com capacidade de
resposta muito próxima das criadas no país.

A mais que tradicional tese da saudade, aquela que nos apega ao marcar
passo, a que está associada a mecanismos de contemplação ao passado,
explicou pouco do muito que estava em falta. Os afectos, remetendo a
saudade para essa categoria de sentimentos, são muito importantes para
construir e reforçar os laços de vinculação colectiva à Língua de Camões e
à História de Portugal, sem as quais não havia pertença. Mas nenhuma
comunidade, expatriada ou não, pode viver apenas dos rendimentos
desse património, por mais rico que ele seja.

Agir, fazer, levar próximo o Portugal moderno é uma exigência cívica e
política que o Governo cumpre com honra e orgulho. Construir igualmente
uma interactividade que traduza o potencial inexplorado da exportação do
melhor de Portugal através das comunidades e que consiga trazer de volta
para o país mais conhecimento ou experiências, é uma necessidade
reconhecida.

Valorizar os Portugueses que trabalham no estrangeiro, quer por sinais
públicos de mérito, quer na criação das condições para o exercício dos
direitos de cidadania é uma constante programática cuja concretização vê
a luz do dia nas mais diversas iniciativas, desde a modernização consular
até ao "Talentos" ou "Lusavox".

Este é o tempo que nos coube viver. As dificuldades da actual conjuntura
global constituem novos incentivos, radicados no património histórico de
quase novecentos anos.

Ser Português é partilhar dessa honra.




O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas,

Dr. António Braga




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